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Rust in Peace - Crítica
publicado por Diogo Sequeira ![]() Sugem assim em 1983 os Megadeth, banda cuja formação foi sempre um organismo em constante mutação, já que do principio, até 1990 (data do lançamento do álbum em questão) a bateria, tal como a guitarra, albergaram três intérpretes diferentes, cada. É com a chegada de Nick Menza à bateria, e com o peculiar Marty Friedman na guitarra, relegando assim Mustaine para um papel mais ritmíco no seio da banda, para além dos seus créditos de compositor, quase exclusivos desde que a banda começou, e ainda o membro fundador, David Ellefson no baixo – constituíram, e deram a conhecer ao mundo este Rust in Peace - aquela que foi chamada de formação clássica, e que na minha opinião, deu conta dos melhores concertos e gravou o melhor material (também Countdown to Extinction e Youthanasia – que para mim, juntamente com Peace Sells But Who’s Buying ? formam a quadrilha essencial de obras-primas da banda norte americana). Apesar de nunca ter sequer tentado aproximar-se do mainstream, e de ter mantido uma erudita lógica de feud (fãs de wrestling, bem que conhecem esta palavra) com os Metallica, que estavam de momento a preparar a sua afirmação popular com o Black Álbum; este álbum representa um sucesso enorme, traduzido em reconhecimento de crítica instantâneo, e numa autêntica beatificação do líder da banda dentro de um círculo restrito, mas alargado. É daqueles álbuns que definem um estilo, e que resistem ao tempo quase intactos, uma vez que estão intrincadamente na base de outros que lhe sucedem, ditando regras e formas que normalmente, não são ultrapassadas em qualidade; para além do conceito, que é um valor maior, e intacto, quando surge por si. Rápido, extremamente técnico e pesado. Possui alguns dos melhores solos que tive o prazer de ouvir, e certamente, dos mais interessantes e raros, dada a colaboração entre a máquina compositora que é Mustaine, com Marty Friedman, cujas palavras técnico e exótico são boas definições do estilo deste estudioso das cordas. O trabalho do baixo está também bastante bom, e em concordância com a globalidade do som da banda, em consequência da importância adquirida por parte de Ellefson como membro fundador na composição, e no seu entendimento de longa data com o principal escritor de riff’s, que… se pode dizer que está em forma, o que para quem se pode dar ao luxo de ter algum entendimento no trabalho que Dave Mustaine tem vindo a desenvolver, diz muito. Para quem ainda não teve essa oportunidade – originalidade, variedade, sequência, coerência e imagética – são algumas características das composições de um criador extraordinário; de um letrista competente e inteligente (crítica corrosiva ao G8, aos Estados Unidos da América, à ameaça nuclear, à hipocrisia do sistema, à distribuição de riqueza – alguns dos temas mais recorrentes na sua obra), e ainda, de um powerhouse riffer. Tornado of Souls, Take no Prisioners e Five Magics são pontos altos, com alguns dos melhores riffs do álbum, porém, o pódio, fica entregue a Hangar 18, Holy Wars… The Punishment Due e Rust in Peace, Polaris. Contém os melhores solos, e no geral, são as composições mais trabalhadas e bem conseguidas – também as mais longas, num álbum onde por vezes a duração das músicas não consegue corresponder à sua qualidade. Uma objecção ao estatuto pró-olímpico do álbum é o facto da deficiente técnica vocal de Dave Mustaine, que apesar de tudo, considero ter aqui uma das melhores prestações. Há quem não suporte o seu timbre e o seu estilo de cantar. Não gosto nem desgosto, apesar de saber apontar insuficiências. No entanto, acho que o álbum não perde por aí, e que a voz arranhada e selvagem dos Megadeth aparece em concordância com a brutalidade e poderio do seu som. Obra-prima do estilo, altamente recomendável. Rust in Peace Lançado a: 24 de Setembro de 1990 Género: Thrash Metal Editora: Capitol Records Produtores: Dave Mustaine e Mike Clinck Página Inicial : *realmente Concluindo qt aos solos.. penso que ele comparativamente ao Hammet dos metallica ganha vantagem..penso mesmo k os metallica teriam mt a ganhar c a sua presença (ainda k mentalmente saudavel) na banda! 11/06/07, 12:13 Lex: Embora goste de Megadeth, não foi este álbum que me marcou, mas sim o Countdown to Extinction. A bem da verdade e para minha vergonha - e não duvidem que me irei vergastar furiosamente por isto - tenho que dizer que já estive com este álbum nas mãos por muitas vezes, já ouvi as músicas soltas, mas nunca o devo ter ouvido decentemente de uma ponta à outra. No entanto, julgando pelas músicas que conheço, mantenho a impressão inicial (e meramente pessoal) de que o Countdown é mais marcante que este Rust. Não lhe tirando lá por isso a sua importância no panorama metaleiro em geral. 13/06/07, 15:19 : Cá vai o meu primeiro comentário: É sem dúvida um grande álbum o "Rust in Peace", talvez o melhor feito pelos Megadeth. Só conheço Megadeth há coisa de 2 anos e apesar de ter ouvido umas músicas soltas no seu início, as músicas do "Rust in Peace" estão de facto bem trabalhadas e com grandes solos. Fico feliz em saber que este álbum marcou o início de uma das grandes formações de Metal de sempre: Mustaine, Ellefson, Menza e Friedman (tenho pena que este quarteto já não esteja junto). A minha música preferida deste álbum é sem sombra de dúvida o Tornado of Souls seguido pelo Hangar 18. Holy Wars... The Punishment Due é também uma grande malha. Para quem goste de Thrash Metal como eu gosto, é sem dúvida um álbum para ouvir e ouvir, só grandes malhas. Penso que na crónica está tudo dito, bom trabalho e continua assim. Saudações Metaleiras \m/ 14/06/07, 12:59 |
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