Paredes de Coura - Parte I
publicado por Diogo Azevedo

E estou de volta para mais uma temporada musical aqui no BGM! Começando agora o período pré-natalício em que metade das bandas existentes lançam um best of, tento ficar com a recordação da melhor época musical do ano: o Verão.

Qualquer fã de música que se preze tem de ir a pelo menos um festival de verão, sendo algum generalista ou mais alternativo, para prestar o culto pela música. Eu escolhi o Paredes de Coura. Foi para mim o segundo melhor cartaz dos festivais portugueses (atrás do SBSR), mas com melhores condições, tanto de espaço como monetárias e com melhor ambiente.

Eu lá preparei as trouxas e rumei à margem do rio Tabuão em busca de algo que me satisfaça, mas aqui falo de música pois é de música que aqui se trata. Eu fui pela música! O cartaz, apesar de fraquinho, prometia algo... Contendo bandas como Babyshambles, Dinossaur Jr., CSS e Sonic Youth, esperava-se algo no mínimo aceitável...

Dia 12:

Recepção ao campista. O dia com os piores concertos à partida, e não desiludiu. Foi mesmo mau! A primeira banda a apresentar-se em palco era uma banda portuguesa denominada Sizo, que apresentou um concerto que foi mau. O som era mau, as músicas não tinham o mínimo de melodia e a disposição em palco não ajudava à festa. Não teve história a não ser que foi o melhor momento para conhecer o recinto.

Devotchka. Boooring! Foi um concerto parado, seca e mau. Aquilo parecia um concerto com as piores músicas dos Arcade Fire versão André Sardet, pois consistia em algo de experimental com um vocalista ao violão no meio do palco, mas um experimental seca!

Não vi mais nada nesse dia para me poupar para o primeiro dia a sério, por isso se quiserem saber como foram os últimos concertos da noite perguntem a outros, porque muitos sairam antes do tempo por culpa das bandas anteriormente referidas.

Dia 13:
Anúncio: "Mando Diao cancelados". Um sentimento de fúria tinha assombrado a minha alma. Era uma das bandas que mais esperava ver no festival e cancelam?!?!

Primeira banda do dia: New Young Pony Club. Londres foi invadida por uma nova onda: New Rave. A onda foi começada com os Klaxons e seguida por muitas bandas como esta. É o poder das modas em Inglaterra, que não consegue lançar uma banda sem vir tudo atrás. Falando do concerto foi um típico concerto de abertura do dia: não valeu nada, fez-me perguntar porque estava lá e acima de tudo fez-me perguntar quem escolheu o cartaz. Next!

A seguir apareceu uma banda chamada Sparta. Nunca tinha ouvido falar dessa banda nem sabia a sua sonoridade, só sabia que pelo menos um membro tinha feito parte dos At The Drive-In, uma influent banda de punk-rock americano. O concerto foi o melhor até a altura, mesmo sem ser marcante, fez a sua parte mas não me marcou.

Blasted, como esperado o concerto da noite, apesar de não ser o melhor da banda, que já fez melhores, fez um concerto best of que criou poeira e mosh (!) nas primeiras filas. A encenação foi do melhor, quer a nível nacional quer a nível internacional, não ouvi muitos pregos e senti mística entre a banda e o público.

M.I.A.. Se gostam dela, peço desculpa, mas como diria o Wanderlei: "Foi M****". Repetitivo, chato e irritante. Destoava totalmente no cartaz deve ter levado dinheiro suficiente à organização para trazer os The Hives! Kill her!

Por fim, Pete Doherthy... err... Babyshambles. Desanimado devido ao concerto anterior, decidi ver um bocado deste concerto e voltar para a tenda. Começa o concerto e mudo logo de ideias! Faltou o guitarrista e quem era o guitarrista substituto? O vocalista Pete Doherthy! (sim, ele apareceu!). Por muitas críticas ao festival que passei, vi cairem muito em cima deste concerto, ou porque a música era má, ou por causa dos pregos do Pete, uma coisa é certa, eles falaram bem de concertos que nem o público gostou, por isso digo o meu parecer como fã de música: Gostei do concerto e prefiro ver os pregos do Pete Doherthy que um concerto sem pregos de outra banda que referirei para a semana. O concerto teve acção durante toda a sua duração, apesar de músicas menos boas (eles também só tinham lançado um album, por isso há desconto), fez-nos viajar a uma cidade de Londres pós-moderna em que a revolta se exprime no pop. O momento alto foi a espera pelo encore durante 7 minutos e seguido da música "Fuck Forever", que foi um dos momentos altos do festival. Valeu a pena ficar no recito!

Para a semana falo dos outros dois dias do festival...



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