... and Metal for All: Rammstein
publicado por Lex

Esqueçam por hoje as guitarradas virtuosas; deixem à porta as imagens de músicos de cabelos compridos e os letterings ilegíveis de nomes de bandas. Tragam antes as botas da tropa, os fatos-macaco e os lança-chamas.
Hoje vai-se falar de Rammstein.


Esta banda está no pódio dos meus favoritos, oscilando constantemente de lugar com os Moonspell. Uns são loiros, outros morenos, e não sei de qual eu gosto mais (como o outro, mas sem os caracóis). São muito diferentes uma da outra em tudo, mas ambas têm o que para mim é essencial: despertam emoções fortes.
Não há album nenhum para salientar, já que o último lançamento tem cerca de um ano e só recentemente entraram em estúdio para as gravações do próximo registo de originais (cujo lançamento se espera para meados de 2008). Portanto resta-me apenas fazer uma pequena apresentação da banda, debitar as minhas considerações a seu respeito e... dar-vos música. E, quem sabe, tentar recrutar mais algumas almas para a 'causa'.


Os Rammstein têm um papel muito especial no meu percurso enquanto amante de música. Digamos que foram eles que me trouxeram de novo ao rumo, após um período algo indefinido no que a gostos musicais diz respeito. Embora eu acredite piamente que para se reconhecer o bom há que se conhecer o mau, não posso negar que houve ali uma época de negritude em que me perdi por sons pouco... er... Enfim, adiante.
Estava eu um dia no meu sossego, quando um primo meu me passa um CD que ele tinha gravado a partir de uns quantos mp3, para eu ouvir quando tivesse tempo. Isto foi em 2001 e estavam lá coisas tão díspares quanto Marilyn Manson, Creed, Limp Bizkit ou Stone Temple Pilots. Acontece que lá pelo meio estavam três temas que tiveram o dom de sobressair no conjunto: tinham nomes esquisitos, eram de uma banda com nome esquisito e eram cantados numa letra pouco vulgar em músicas habitualmente agradáveis ao meu ouvido. Eram eles "
Bestrafe Mich", "Heirate Mich" e mais esquisito ainda, "Wollt Ihr das Bett in Flammen Sehen?". O espantoso é que hoje em dia, e desde essa altura, consigo escrevê-los sem me socorrer de cábulas, e não, nunca aprendi alemão na minha vida.
Ao mesmo tempo havia outro CD que não parava de rodar na aparelhagem: a banda sonora do Matrix. Também aí havia uma faixa que eu não parava de repetir: "
Du Hast". Estavam reunidas as condições para que me caísse em cima uma panca como eu já não tinha desde 1993 com Metallica. E dura até hoje, embora já com a acalmia da descoberta feita.


Importa esclarecer uma coisa antes de continuar. Há uma pergunta recorrente sempre que falo de Rammstein a alguém que só ouviu falar deles por alto, não interessa quantos anos se passem: "Rammstein... Ah, esses são nazis, não são?". Então fica aqui e de uma vez por todas respondido: NÃO. Os Rammstein não são nazis, nem são comunistas, nem são nada que tenha a ver com política, até porque sempre fizeram por se demarcar de questões dessa natureza. Eles têm, isso sim, uma cadência bastante militarista em algumas das suas músicas, mas isso advém do simples facto de practicarem aquilo a que se chamou de Metal industrial - caracterizado precisamente por um ritmo mecânico que pode ser confundido com uma marcha militar. Afinal se virmos bem, os militares não são practicamente umas máquinas? Portanto, vem daí a confusão. Ah, também convém referir que não é por serem alemães que são automaticamente simpatizantes do tio Adolfo.
Posto isto, prossigamos.

Este colectivo germânico tem o seu quê de especial não só para mim, ou não tivessem uma verdadeira legião de fãs por todo o globo. Até já têm direito a um asteróide com o seu nome. São referidos como os responsáveis pelo surgimento da "Neue Deutsche Härte" (traduzido à letra para algo como "nova dureza alemã", e lido "nóia dóitcha hérta"), nome dado à música feita na Alemanha desde o início dos anos 90, cantada em alemão e de carácter mais pesado. Eles próprios chegaram a designar-se como "tanz-metal" (tanz=dança), mas dada a sua evolução desde o começo até aos dias de hoje, permito-me pôr de lado esse rótulo.
Ora, e o que é que os Rammstein têm de tão especial para cativarem gente de origens tão diferentes pelo mundo todo, apesar de cantarem maioritariamente em alemão - que é uma língua incompreensível e até considerada desagradável ao ouvido para a maioria das pessoas? Então não é o inglês a língua universal? Pois pode até ser essa a regra, mas nesse caso Rammstein são a excepção. É que pelos vistos a rudeza do som da língua alemã condiz na perfeição com o tipo de música que eles fazem. E uma coisa é certa: não recomendo a ninguém as poucas músicas que eles fizeram em inglês (versões de Engel, Du Hast, Amerika), com a excepção da cover de Depeche Mode, "Stripped", portanto deixemo-los cantar na língua-mãe pelo tempo que desejarem.


"Stripped"

Pelos testemunhos que tenho vindo a ler e a ouvir ao longo destes anos, não errarei muito se disser que a maioria dos fãs começou a gostar de Rammstein depois de terem visto um espectáculo ao vivo na televisão, na Internet ou em DVD. Não seria coisa de admirar e quem já viu imagens dos seus concertos saberá do que falo; quem já teve o privilégio de estar num deles com certeza que ficou marcado de alguma forma para a vida toda. O elemento visual é algo muito forte na banda, ainda que no meu caso eu tenha começado a simpatizar com eles bem antes de saber sequer que aspecto tinham. Mas Rammstein sem pirotecnia e teatralidade não seriam Rammstein. Neste momento estão editados dois DVD's ao vivo onde se pode conferir essa espectacularidade - "Live Aus Berlin" (1999) e "Völkerball" (2006). Aconselhar-vos-ia a seguir a sua ordem cronológica, não só para poderem ver a evolução em palco, mas também porque ainda acho o "LAB" o melhor.
Mas não quer isto dizer que eles ponham o fogo de vista à frente da qualidade musical. Nem por sombras. Desde 1995 que marcam a cena industrial com obras notáveis. "Herzeleid", o seu primeiro álbum, surge desde logo com músicas que se manteriam como verdadeiros hinos ao longo dos anos, e ainda há quem suspire por um regresso a essa estética musical.


O som de Rammstein não é de classificação fácil. Costumo citar Paul Landers (guitarrista) numa entrevista: "Rammstein ist Rammstein". Rammstein é Rammstein, e não existe mesmo maneira mais rigorosa de os definir. Não são comparáveis a nada nem a ninguém, e qualquer influência que tenham ido beber no início da sua carreira a bandas industriais (como os excelentes Laibach ou Ministry, por exemplo) esfumou-se subtilmente no seu próprio estilo, ele próprio solidificado às custas de muito suor, talento e determinação. Cheguei mesmo, no passado, a ter algumas dúvidas quanto a considerar Rammstein como Metal, mas... que raio, então seriam o quê? Rock não é com certeza, e o pop não soa assim.
Não há nada como verificar pelos próprios ouvidos, mas para quem se aventurar a descobri-los, saiba que pode esperar batidas fortes, repetitivas e mecânicas, riffs não muito elaborados mas estupidamente eficazes, teclados que se transformarão numa das piéces de resistance da banda, e uma voz... Bem, uma voz que se assemelha ao que seria a voz do próprio Demo saído das entranhas do Inferno, chamando-nos a si. Till Lindemann não se tornou no elemento mais carismático dos Rammstein por nada. O vocalista é, quanto a mim, o primeiro responsável por tanta gente os adorar, não só pela sua presença física - perfeitamente condizente com a agressividade musical da banda - mas também por ser possuidor de um timbre que pode oscilar entre o melódico (especialmente nos últimos álbuns) e o animalesco sinistro. A título de curiosidade, ouçam-no em participação especial numa música do último álbum dos Apocalyptica, "Worlds Collide": "
Helden" (versão da "Heroes" do David Bowie), onde ele se apresenta na sua versão mais melódica.
"Mein Teil", ao vivo em Nîmes.

É também Lindemann quem faz as honras em cima do palco, simulando papéis tais como um cozinheiro canibal ou a parte activa de uma sessão de sodomia. Muitos anos andou a Bück Dich em digressão, e o pessoal nunca se cansava de ver a mesma encenação... Se porventura procurarem isso no Youtube, fica o aviso de que se trata de conteúdo não aconselhável a menores, apesar de ser tudo a fingir e de o teclista continuar hoje em dia de perfeita saúde.
Mas o melhor em palco, a título pessoal, não são estas encenações; é o fogo. A pirotecnia, os lança-chamas, as roupas a arder, as bolas de fogo disparadas por cima das nossas cabeças. Reza a lenda (e quem lá esteve) que quando os Rammstein vieram pela primeira vez ao nosso país (em 1998) e foram actuar ao falecido Hard Club já traziam os seus lança-chamas. Ainda ninguém os conhecia como hoje, de modo que a malta ficou algo surpreendida ao ver uma fila de sapadores bombeiros em frente ao palco em vez dos habituais seguranças.
Por tudo isto a banda consegue agarrar o público ao palco com um espectáculo único, sem se tornar num número burlesco de circo, motivo pelo qual são, hoje em dia, os únicos que me levariam a gastar mais de 100€ e um dia de férias para os ver em concerto em Lisboa, de certezinha absoluta.

Falando agora mais propriamente da música: se nunca ouviram nada deles, preparem-se para um pouco de tudo. Desde o "Herzeleid"(1995) até ao "Rosenrot"(2005), os Rammstein têm explorado coisas bastante diferentes, desde o som pesado e crú típico do Metal industrial, até às baladas para namorados ou temas acústicos com nítida inspiração nos blues. No entanto, há uma tónica que sobressai em toda a sua discografia: a maneira directa como se atiram aos nossos tímpanos, sem cerimónias. Se é para ser bruto então não há cá falinhas mansas, e quem conseguir que aguente.
Nas letras abordam temas que se fossem compreendidos mais facilmente chocariam muita gente: necrofilia, incesto, bestialismo, canibalismo, hermafroditismo, obsessões várias... mas também desilusões de amor, saudade e abandono. Como vêem, estes homens até são almas sensíveis. :-D Uma coisa a reter quanto às letras de Rammstein é a sua dualidade. Tudo nelas é susceptível de ser interpretado de mais que uma forma, desde a própria construção frásica até ao significado de cada palavra. É uma característica à qual a banda habituou os fãs, pelo que já ninguém tem como certo um só sentido para practicamente nenhuma música. É aquilo que quisermos/acharmos que seja.


Os sucessivos álbuns têm primado pela evolução. A banda não gosta de se colar a uma só orientação e em cada trabalho explora um caminho diferente do anterior. Claro que essa atitude lhes vale a desaprovação de muita gente e não há unanimidade em relação a qual álbum é o melhor. Mais vale referir que quem gosta do som mais crú engraçará primeiro com o "Herzeleid" e com o "Sehnsucht", onde se nota ainda alguma da imaturidade de uma banda em início de carreira e onde o som resultou por isso menos lapidado. Já quem preferir composições mais elaboradas pode começar por ouvir o "Mutter" e o "Reise Reise".
O mais recente "Rosenrot" foi um álbum algo dúbio. A própria banda assume que serviu quase exclusivamente para cumprir o contrato com a editora, e que para isso foram buscar temas gravados nas sessões do "Reise Reise" que não se encaixaram nesse álbum por diversas razões. Mas apesar de estar longe de ser o melhor, "Rosenrot" serviu para pôr cá fora alguns bons temas.


"Du Riechst So Gut", versão '98 (Herzeleid). Sei de gente que ficou rendida a Rammstein no momento em que viu este vídeo...

"Engel" (Sehnsucht). Para além de ser talvez o meu tema favorito, tem também um dos meus vídeos preferidos, inspirado por um grande, grande filme: "From Dusk till Dawn", de Robert Rodriguez.

"Ich Will" (Mutter), um dos vídeos mais aclamados pela crítica. Simplesmente genial.

"Keine Lust" (Reise Reise). Um elogio à falta de luxúria, e uma óptima produção.

"Ohne Dich" (Rosenrot). Com este vídeo, a música que eu sempre julgara ser uma canção de amor revelou-se afinal um inocente tema sobre a amizade. Até nos vídeos eles nos trocam as voltas... :-)

Rammstein são daquelas bandas que ou se adoram ou se odeiam, de tão próprio que é o seu estilo. Eu rendi-me desde a primeira nota, há 6 anos, e se hoje ainda acredito no poder da Música, se não acho ridículo que um adulto tenha 'pancas' por bandas, a eles se deve. Foram eles quem me safou de cair no poço onde a maioria das pessoas cai quando deixa os verdes anos da adolescência e passa a achar que ouvir, consumir e dedicar-se a perceber Música é uma perda de tempo. Aos 24 anos e na recta final do curso, dei por mim a gastar do meu precioso tempo para traduzir as letras de Rammstein com a ajuda de um dicionário (ainda hoje é dessas que melhor me lembro, e não daquelas cujas traduções encontrei já feitas), para sacar tudo quanto fossem vídeos e músicas que encontrasse na Internet (nos PC's da universidade, que em casa ainda não havia) com o pouco conhecimento de fontes e sites que eu tinha na época... E dei por mim a entrar em parafuso quando, numa tarde soalheira de Maio, soube que eles vinham a Vilar de Mouros daí a dois meses. Com exames à porta ou não, estive lá. E o 4º ano foi o que me correu melhor.
Por tudo isso, o meu bem-haja aos Rammstein.


Para ouvir:



E os restantes vídeos:


Do "Herzeleid":
"Seemann"
"Rammstein" (da banda sonora de "Lost Highway")

Do "Sehnsucht":

"Du Hast"


Do "Mutter":
"Links 2, 3, 4"
"Mutter"
"Sonne"

Do "Reise Reise":

"Mein Teil"
"Amerika"

Do "Rosenrot":

"Rosenrot"
"Benzin"

Vejam, ouçam, abram as vossas mentes e deixem-se levar.


www.rammstein.com
www.rammstein-portugal.com
http://www.myspace.com/rammstein


\m/

Escolha da semana:

Unexpect - "
Novae". Esta é a única música desta banda que eu consigo ouvir com gosto. Não sei que rótulo lhe dar, tal é a miscelânia de sons... Talvez "WTF Metal" seja apropriado...

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Anonymous Anónimo: Ich Will é genial, tal como a Links 2-3-4...

\m/ 09/11/07, 15:12  

Blogger Unknown: O meu tema preferido de "Ram" sempre foi Mutter, ainda hoje me pergunto que estará ele para ali a dizer e o videoclip deixa-me sempre intrigado, mas a realidade é que mesmo já tendo frequentado um mini curso e falando outras 5 linguas, alemão nunca consegui aprender, até japonês tenho mais conhecimento que da lingua teutónica, estranho mas verdadeiro.

O teu post teve o condão de me alertar para algo, nunca coloquei esta banda nas minhas preferidas, é aquilo a que costumo chamar uma banda simpática, mas a realidade é que ao ler todo este post e ao ver todos os videos, reparei que os tenho substimado pois não há um único tema que eu não goste, nem um único álbum que eu não conheça.

Mais ainda, estava aqui a ver e ouvir o video do Ohne Dich e entra-me a minha mãe pelo quarto a perguntar que musica linda era aquela...
Quando isto acontece, está tudo de parabens, a banda por ser o que é, e tu por fazeres um magnifico artigo como este... 09/11/07, 18:30  

Blogger ZePedro: Concertos dos Rammstein=espectaculo!




Montes e montes de fogo e energia, são daqueles grupos da gosto ver! 09/11/07, 19:47  

Anonymous Anónimo: No meu top 10 de n
bandas os rammstein estao la de certeza adoro as musicas desde que ouvi pela primeira vex o ich will na mtv lol
tenho os 2 dvds e sao espetaculares
so me teem decepsionado nos 2 ultimos albums perderam muita qualidade.
as minhas musicas favoritas sao:
fuer frei
spielhurt
sehnsucht
weisses fleisch
du riecsht so gut
asche zu asche
hallelujah
era para por so 5 mas e dificil lol


ps:Mutter é mae lol 09/11/07, 22:59  

Blogger Talionis: Yep, é isso tudo. Também os conheci pela primeira vez através da Du Hast, que gostei e ouvi, mas nada por aí além. Quando vi mais além (ou me fizeram ver, que não os descobri sozinhos), fiquei viciado. E ainda hoje (e sempre) a Du Riechst So Gut tem um papel muito importante na minha vida.

Vê-los ao vivo é simplesmente único. Sempre fui de opinião que mais do que um concerto "per se", é um verdadeiro espectáculo, que mistura o teatro com a música. Eu diria que é um musical.

Não é fácil falar de Rammstein... ou só se diz banalidades, ou acaba-se por se enrolar e não sair nada de jeito. Fizeste-o na perfeição, e volto a dizer que és bastante transparente no modo como deixas passar o teu gosto por uma banda para o que escreves. Uma escrita que se torna apaixonante por isso mesmo. 09/11/07, 23:54  

Blogger Lex: Mark3r: basicamente, a "Mutter" trata do desamor da mãe do... poeta, que se queixa de nunca ter tido um carinho dela, de ter sido practicamente abandonado por ela. É muita emoção. :D
Essa situação com a tua mãe é mesmo digna de registo. :)

Obrigada pelas palavras. 10/11/07, 00:16  

Blogger Dimebag: sou anti rammstein
sao racistas
eles veneram o hitler 10/11/07, 15:05  

Blogger Lex: DS: tenho pena que não tenhas lido a parte em que eu disse de modo mais claro que a água que eles não querem saber de questões políticas, sejam quais forem. Até pus a bold que não são nazis, já a prever que muita gente ainda pensasse isso. Mas enfim, cada um aceita a informação que bem entender, quando e se o entender. :-P

Vai em paz. 11/11/07, 13:39  

Blogger Citizen Erased: Os Rammstein não são nazis. Basta saber qual é o significado que a musica "Links" tem, que retiras logo o que disseste... E se fossem nazis, não me parece que refiram muito isso nas suas musicas.
Conheci Rammstein quando o Mutter saiu, lembro-me que foi um cd que rodou pelo grupo de amigos todos. É incrivel que tanto os singles como os não-singles do cd estão todos ao mesmo nivel, é daqueles cd's com uma qualidade extraordinariamente alta. E os videoclips que os acompanhavam eram qualquer coisa de extraordinario...
Para mim, a melhor musica de Ramm é sem duvida a "Sonne" 11/11/07, 19:53  

Blogger GRAINOFSAND: A minha banda favorita no género! já os vi 3 vezes, são únicos!!!! este post está magnífico E MUITO BEM ESTRUTURADO, estou a preparar-lhes uma homenagem no meu também!!!! AGUARDO ANSIOSAMENTE PELO PRÓXIMO CONCERTO, alguma informação será bem-vinda!!! peace! 06/11/08, 17:15  

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