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... and Metal for All: Night Eternal
publicado por Lex Pois é. Só mesmo os Moonspell para me arrancarem à minha concentração académica e me trazerem de volta aos textos. É que o novo álbum merece tanto ser devidamente apresentado, como que isso seja feito a tempo. Sai na próxima segunda-feira e não podia esperar mais.
Desde já se pode atribuir um mérito especial à banda, e à máquina por detrás dela, por terem conseguido ser os primeiros a colocar o álbum na Internet. Devem ter descoberto o segredo para conter as fugas de informação, pois só quando as músicas apareceram em stream num widget da editora - aqui - é que os cibernautas lhes puderam pôr os ouvidos em cima. "Se não os podemos vencer, juntemo-nos a eles... mas pelo menos que sejamos nós a dar as cartas". Bem jogado.Mas o mérito maior deve-se sem dúvida à qualidade do trabalho que nos é aqui apresentado. Ao contrário da "Luna", "Scorpion Flower" é das melhores coisas que os Moonspell já fizeram, dentro do seu próprio registo (claro que não se pode comparar a uma "Alma Mater", são campeonatos completamente diferentes). É uma música cativante, viciante e cantável (o que para quem não consegue fazer growls decentes como eu é uma mais-valia). O riff está fabuloso e a dupla com Anneke Von Giersbergen (ex-The Gathering e actual Agua de Annike) foi das melhores colaborações que eles podiam ter arranjado. Deixa a Sophia dos Cinemuerte a léguas de distância - a moça que me perdoe a sinceridade. Aliás, já a Carmen Simões tinha deixado a Sophia a milhas antes, de resto...Um vídeo espectacular para uma música fabulosa. Desde os gráficos até às interpretações, cenários fantásticos (notem o fabulástico que é o escorpião crucificado)... e uma prendinha para os meninos. Ou melhor, duas prendas. Curiosamente (ou não), ambos os nomes que acabei de mencionar, juntamente com Patrícia Andrade (ex-Volstad e actual The Vanity Chair) perfazem o coral feminino que vai acompanhando muitos dos temas do álbum: as Crystal Mountain Singers. O efeito final está muito bem conseguido - e relembro que, geralmente, dispenso as típicas vocalistas femininas do pseudo-gótico tão em voga nos dias de hoje, o que para mim atribui mais valor ainda à escolha que a banda fez de ter vozes femininas espalhadas neste trabalho. Para mim este álbum é como a catedral gótica que aparece no video da "Scorpion Flower". Como a maioria das catedrais góticas, de resto: imersas na penumbra, mas pontuadas por raios de luz que atravessam os vitrais aqui e acolá. E tal como me acontece quando vou a uma dessas catedrais, dei valor em primeiro lugar a esses apontamentos luminosos, e só depois à escuridão que com eles contrasta.Ouçam-no, vejam-no (o segundo vídeo deve estar aí a sair) e sigam-no. Quem puder tem a oportunidade de ver o primeiro concerto de Moonspell em terras lusas com este álbum no Rock in Rio, dia 5 de Junho. Não vão ser cabeças de cartaz, vão dispôr portanto de menos tempo do que o que seria desejável, e vão tocar à luz do dia como aconteceu da outra vez... mas valerá a pena de qualquer modo. Quem não tiver o constrangimento logístico de morar longe e de o concerto ser a meio da semana, que faça o favor de vir aqui contar como correu. :-) Pass: galaxiamusica.blogspot.com \m/ Etiquetas: Moonspell, Night Eternal Página Inicial
NunoTaker: Tambem eu sou um grande fã dos Moonspell e acho que ha uma musica em especial que é pouco falada e que é algo menosprezada que é a Best Forgotten... O Mike está fabuloso na bateria nessa musica assim como em todo o Memorial em si. Gostava de saber se compartilhas a minha opiniao :) Cumprimentos 20/05/08, 21:31
Lex: Por acaso a "Best Forgotten" foi das músicas a que dei mais atenção no Memorial. Foi essa e a "Once it Was Ours", que a mim me agradou bastante mas que à maioria do pessoal parece ter passado ao lado. Guardo na memória a vez única em que as vi ao vivo, na apresentação do álbum no Hard Club. Concordo que o Mike no Memorial esteve um ponto mais acima do que neste álbum - daí eu ter dito que gostaria que tivessem optado por uma bateria mais ousada. Segundo tenho lido e ouvido, parecem ter havido cedências de parte a parte dentro da banda, porque uns queriam algo mais pesado enquanto que outros - nomeadamente o Fernando Ribeiro - preferiam algo mais melódico. O que se obteve terá sido portanto um meio termo, que não resultou mal. Mas cá eu teria gostado ainda mais do álbum se tivessem deixado o Mike dar largas áquilo que sabe fazer tão bem. :-) 21/05/08, 19:39 |
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