... and Metal for All: Festival AlternaVigo
publicado por Lex

Em fim-de-semana recheado de festivais (ele era o Sudoeste, ele era o Alliance e era o AlternaVigo, pelo menos) cumpri aquilo que havia dito há umas semanas atrás e rumei à Galiza, a fim de passar uma boa tarde e noite de Metal, do puro e do duro, como todos nós gostamos.

Preparados para um longo relato? Vão lá buscar as pipocas, então, que eu espero.

Fiz-me à estrada para ir a Vigo mais numa de descontrair e passar um bom bocado, do que propriamente com aquela atitude de ir ver 'tal' banda de propósito. Os Cradle of Filth calharam de estar no cartaz e de serem uma das minhas bandas de eleição, mas o conjunto das restantes e o preço do bilhete já seriam, provavelmente, o suficiente para me levar até lá. Isto apenas para dizer que as expectativas que eu levava não eram nada de muito elevado.

De acesso fácil, suficientemente sinalizado, e um espaço digno e com bom aspecto - é como caracterizo o IFEVI, o pavilhão que acolheu o festival. Um recinto enorme que fez o palco parecer pequeno, mas que resultou muito bem em termos acústicos. No hall de entrada organizou-se uma pequena feira de venda de merchandise, daquele para quem não faz questão de ter material oficial. Muitas shirts, muitos CD's, alguns patches, algum vinil... mas nenhum pin (não confundir "pins" com "badges", que são aqueles redondos de plástico que não dão trabalho nenhum a fazer).
Fosse como fosse, este mercado ainda me havia de servir de distracção num ou noutro momento do festival. Ponto positivo, portanto.

A fauna

Povoando este cenário havia uma imensa multidão de negro, pontilhado com as cores mais garridas de algumas t-shirts de bandas e dos patches. Só lá não vi a representação dos metaleiros dos anos 80, de calça justa e sapatilha-bota branca, mas de resto estava lá de tudo um pouco: os mais discretos, de negro simples da cabeça aos pés; os mais vistosos, com os coletes de ganga cobertos de remendos coloridos; tipos de saia de couro até aos pés, numa de kilt mas sem o padrão escocês; os 'nu', com as calças a escorregarem-lhes pelo rabo abaixo... e uma coisa que não costumo ver tanto por terras lusas: muitas, mas muitas raparigas. Tantas quantos os rapazes, arrisco dizer. Também elas para todos os gostos e feitios, equilibrando assim a moldura humana. Destaque para uns pais que lá levaram os seus rebentos (de 8 ou 9 anos, talvez), iniciando-os assim no 'som sagrado' - ainda que eu não tenha certeza se tamanha descarga de decibéis naqueles ouvidos tão novinhos lhes seja benéfico para a saúde física, mas enfim. São esses miúdos e as grávidas... Mas isso é lá com eles (com os pais, claro).
Ah, e claro, não posso deixar de mencionar a verdadeira horde de portugueses que invadiu o evento. Por todo o lado se ouvia a língua de Camões, mas por acaso não vi uma única bandeira... Devem ter-se gasto todas durante o mundial de futebol, com certeza.

As hostilidades tinham começado com duas bandas espanholas - os Fallen Sentinel e os Shroud of Tears - e com os americanos 3 Inches of Blood, mas quando entrei no pavilhão, preparavam-se para tocar os Cynic. Esta banda de Miami tem um som muito próprio, muito progressivo e, diria mesmo, muito experimental. Isso é de valor, quanto mais não seja pela ousadia de tentar fazer algo novo... Infelizmente isso não chegou para me cativar, pelo que apesar de lhes ter dado uma chance junto ao palco, não consegui vê-los até ao fim. Deixei-os para tímpanos mais sintonizados na sua onda do que os meus, e fui pôr à prova a única cerveja disponível no recinto (ou não fosse patrocinadora), a Estrella Galicia.


"American beer is like making love in a canoe: fucking close to water" - Monty Python

Chego à barraca das senhas (sim, porque ali nada se paga no mesmo sítio onde se vai buscar a comida/bebida. Será que a ASAE lá do sítio assim o impôs?) e vejo lá "cerveza - 3€". Fico na dúvida sobre o tamanho dessa 'cerveza', mas depressa se dissipa: é mesmo o preço de um fino normal. Eles bem põem aquilo a preços altos, para ver se o pessoal não deixa cair ao chão, mas não há hipótese... Bom, e 'normal' é como quem diz: aquela piada dos Monty Python sobre a cerveja americana aplica-se na perfeição à espanhola.
Passei o resto do tempo à base de Coca-Cola (igualmente cara, mas pelo menos com a qualidade que lhe é conhecida em todo o mundo) e foi a primeira vez que não acompanhei Metal com cerveja. Não morri, não sequei, aproveitei na mesma a música, e poupei algumas células hepáticas. No final das contas, até foi um bom negócio. Maldito seja Portugal por ter cerveja tão boa!

Quanto aos 'bebes' não me restavam dúvidas, mas quanto aos 'comes', ainda me iria dar conta que a oferta não primava por aí além pela qualidade, e muito menos pelo preço. Mas como também não se pode pedir mais num fest onde o que o pessoal mais que é beber, anotei mentalmente a necessidade de levar comida de casa numa próxima vez. No final das contas, não posso dizer que os festivaleiros estivessem mal servidos... Eu é que me habituei a metalfests com sandes de porco no espeto... Habituei-me mal, pronto.

A música

O fim de tarde começava a ficar demasiado fresco para se continuar sentado ao sol na grande varanda voltada a poente do IFEVI, e como aos Cynic se seguiriam os míticos Exodus, voltei para a sala. Lá dentro já havia indícios do caos que estaria aquele chão no final da noite. Os copos plásticos amontoavam-se sem lugar para os depositar - não que alguém ali parecesse estar muito preocupado com pôr o lixo em sítio próprio, tal como também não estavam em respeitar a lei do tabaco que proibia o fumo em todo o recinto. Não é picuinhice minha, é mesmo por ter ficado com os olhos e nariz todos lixados... Só no final da noite alguém se preocupou em dar mais potência à exaustão do ar no espaço.

Exodus.
Grandes. Provavelmente a melhor prestação do dia.

Gary Holt e companhia deram um espectáculo sólido, enérgico e thrashy o quanto baste, mostrando que quase 30 anos de carreira, cheios de solavancos, não foram suficientes para os deitar abaixo. Pode haver muitos que não gostem do novo vocalista, Rob Dukes, mas o certo é que ele tem uma atitude que encaixa bem nuns thrashers da Bay Area. Ao assistir áquele concerto dei por mim a pensar: "Que caraças, era assim que os Metallica deveriam ser hoje, se tudo tivesse corrido bem...", mas depressa pus esses pensamentos improdutivos de lado e me dediquei a aproveitar ao máximo o que saía do palco.
O set não foi longo o suficiente (nunca seria, penso eu), mas preencheu as expectativas de quem lá estivesse para os ver. Grandes temas como "Piranha" ou "Children of a Worthless God" (dedicado ao Bin Laden) levaram o pessoal ao rubro, e houve mesmo direito a uma wall of death - da qual eu fiquei estrategicamente de fora.

Só houve um aspecto menos bom nisto tudo: as referências negativas ao concerto de Carcavelos, na véspera. Por duas vezes o Rob falou de Portugal, e desengane-se quem, no meio do mosh e do álcool, pensou que falou bem ou que apenas confundiu a Galiza com o nosso país. Da primeira vez, ao ver o pessoal ainda meio morno, disse algo como "What is this, Portugal or what?" como que a dizer para o pessoal se mexer, ao contrário do que acontecera na véspera. E já mais para o fim, depois da wall of death, mencionou o quão os espanhóis eram melhores a fazer barulho do que os portugueses. Enfim, não estive no Alliance Fest e por isso não posso avaliar a (in?)justiça destas 'bocas', mas o facto é que as movimentações do público ali em Vigo foram boas.

À parte isto, tenho apenas a realçar a simpatia e à-vontade dos membros dos Exodus também fora do palco. Tanto antes do concerto como depois andaram ali pelas grades, confraternizando um pouco com os fãs, dando autógrafos, tirando fotografias, filmando o público... ameaçando até uns passes de basebol. E sempre alegres, assistindo aos concertos que se lhes seguiram. Gostei, e da próxima vez que passarem perto de mim, lá estarei para mais uma boa thrashalhada.

Seguir-se-iam os alemães Primal Fear, e sabendo eu que estes pertencem à secção do power Metal, decidi recuar um pouco no terreno e assistir mais de longe. Não é género que me agrade por aí além, mas já que ali estava seria burrice simplesmente virar costas e não lhes dar uma hipótese.

Disse-me quem ia comigo que o vocalista se tinha em tempos candidatado a substituto de Rob Halford nos Judas Priest... Eu não sabia disso, mas nem me precisava ter dito nada, pois quando o homem entrou em palco tirei-lhe a pinta em três tempos: careca, vestido de couro justo (ou algo parecido)... Diria que ele ainda não perdeu as esperanças de ir parar aos Priest, um dia. :-D
No geral foi um bom concerto, até para mim. Nada de extraordinário, mas viu-se bem, deu para rir (no bom sentido) apesar da voz estridente, do dramatismo todo que caracteriza o género, etc... Destaco a música com que encerraram antes do encore, que é daquelas quase à Manowar: "Metal is Forever". Todos a cantar em uníssono aquilo que é um dos lemas do Metal. Bonito, sim senhor. Destaco também o momento em que o vocalista decidiu arriscar uma versão da famosa "E viva España", que foi recebida com assobios e apupos pelos galegos. Resposta que, aliás, se repetia de cada vez que uma banda fazia referência a Espanha ou a Madrid. É justo. :-D
O que os safou foi que os galegos são um povo que ama o power Metal. De paixão, mesmo. Acho que só os japoneses ou os brasileiros os batem nessa preferência. De modo que tudo seria perdoado desde que houvesse abundância de riffs acelerados e de letras sobre dragões e espadas.

Erradamente, pensava eu que a seguir tocariam os Overkill, de modo que procurei um lugar mais perto do palco para os ver. Lá me arranjei, mas eis senão quando vejo que a tela que subia no fundo do palco era de Gamma Ray. "Ora bolas, afinal são os outros do power...", pensei eu. No entanto, já que ali estava, ali fiquei para lhes dar uma chance, tal como fiz com Primal Fear.
Após alguns problemas com panos de fundo que não consegui perceber, aparece-me em palco uma banda que não esconde o passar dos anos. "Experiência" - pensei eu. "Há-de valer alguma coisa, e como há tanta gente a dizer bem deles...", ali fiquei. Entra em acção um vocalista ainda mais estridente que o anterior, envergando um 'cinto' a fazer lembrar Robert Plant nos seus tempos áureos... Bom, deu para perceber que estavam no seu meio pois o público endoidecia com Kai Hansen e companhia, gritavam em uníssono "Ga-má-ré! Ga-ma-ré!" (há que amar a pronúncia espanhola), mas eu não aguentei até ao fim da primeira música. Os fãs da banda que me perdoem, mas não é definitivamente o meu género, e se ainda aguentei bem uma banda de power, duas seguidas foram demais para as minhas sensibilidades. De modo que fui dar uma volta pelo resto do recinto, descansar um bocado e repôr energias para o que ainda lá vinha.
Não há fotos de Gamma Ray, lamento... Nem para a imagem houve grande pachorra, e as poucas fotografias que tirei não saíram nada de jeito. É que eles são velhotes mas não páram quietinhos. :-)

O epílogo

De volta ao pavilhão, tive ainda que esperar na antecâmara que Gamma Ray terminassem para poupar mais um bocadinho os ouvidos (que ainda na 2ªfeira me zumbiam). Mal isso aconteceu, ergui as mãos aos céus e procurei rapidamente reaver o meu lugar junto ao palco. Lá estava ele à minha espera, enquanto o pessoal se ia reabastecer de líquidos. Por esta altura já o chão do IFEVI estava bem mais do que meio coberto de plásticos, e as partes que não estavam pareciam ter levado com cola, tal era a peganhice, mas isso não parecia incomodar os grupos de gente com pernas cansadas que se sentavam naquela superfície. Tanta bebida cara desperdiçada naquele chão... Assim se vê a diferença entre salários mínimos de Portugal e Espanha, suponho, eheh!

Encostei-me à grade e esperei por Overkill. Esperei... esperei... e esperei. Até hoje continuo sem achar normal que uma banda demore 45 minutos a trocar de palco, enquanto outras não demoram mais que 20, 25 minutos. E com isto já o alinhamento se tinha atrasado duas horas em relação ao previsto. O que vale é que ali o lugar não parecia ter problemas de cumprir horários por causa das vizinhanças, como tantas vezes acontece por cá, pelo que não consta ter havido polícia a bater à porta nem sets de bandas encurtados à força. Ao menos isso.

Os Overkill tiveram uma prestação excelente. Nunca os tinha visto ao vivo, mas gostei muito. Ficaram uns pontinhos aquém dos Exodus, mas foi mesmo por muito pouco. Bobby "Blitz" Ellsworth encarna certamente um dos frontmen mais carismáticos do thrash norte-americano. O cigarro no canto da boca, os trejeitos teatrais, o tronco nú, a energia... Tudo isso poderia facilmente ofuscar os restantes elementos da banda, não fossem eles também peças essenciais para o sucesso do espectáculo. Nota positiva também para a atitude do baixista D. D. Verni quando um animal qualquer lhe acertou com aquilo que me pareceu ser um copo. Impávido e sereno, continuou a tocar como se nada fosse, apenas abeirando-se da beira do palco com um gélido olhar de "chega-te à frente se és homem". Não vi segurança nenhum a levar ninguém embora, mas o certo é que não tornou a haver nada atirado para o palco... Infelizmente nestes eventos haverá sempre a lamentar certas atitudes de um público que simplesmente não sabe estar. O álcool não é nem pode ser desculpa, e o facto de não se gostar da banda, muito menos. Mas se assim vai o civismo em geral, não poderia ser diferente em concertos de Metal. Embora devesse.

Sensivelmente uma hora após terem começado, os Overkill terminaram a actuação embalados pelos aplausos e satisfação geral de quem assistiu. Mais uma vez, a bela da pronúncia espanhola: "Ô-ber-kíl! Ô-ber-kíl!". Nesse grupo (não dos que entoavam "Ô-ber-kíl", mas dos que estavam apenas satisfeitos) incluíam-se membros dos Exodus, que se entretiveram a filmar o concerto, a disfrutar dele como meros espectadores, e a curti-lo como qualquer um de nós. Incluía-se também Rosie Smith, a teclista dos Cradle of Filth, que se lhes tinha juntado no final do espectáculo e que se retirou em seguida para se preparar para o seu próprio concerto.

Por esta altura voltei-me para trás e apreciei o cenário que o IFEVI apresentava no final de um longo dia. Mal se via o chão - e não era porque as luzes estavam baixas - e o pavilhão ia-se esvaziando de muita gente. Era óbvio que Cradle of Filth tinham ficado um pouco deslocados num cartaz que havia privilegiado o thrash e o power Metal, e isso reflectiu-se não tanto na quantidade mas mais no tipo de público que restou para a última banda da noite. Partiram uns, iam chegando outros e a afluência não se ressentiu muito, mas a tal moldura humana tinha-se alterado para uma mancha ainda mais negra. Permanecia ali ainda bastante gente para ver a banda inglesa, mesmo com duas horas de atraso.

Numa altura em que os Cradle se preparam para a "The Darkest Tour" com Moonspell, Gorgoroth, Septic Flesh e Asrai, em grande escala europeia, ao mesmo tempo que preparam o lançamento de mais um álbum de originais apontado para Outubro, pode dizer-se que este espectáculo foi uma espécie de ensaio para o que os espera. Pena não ter sido dos melhores que já vi.

Depois de uma troca de palco desta feita com uma duração normal, vejo mais uma vez à minha frente uma das bandas mais amadas e odiadas do Metal mundial. É que uma coisa parece implicar a outra, necessariamente... Ora, como eu não me podia estar borrifando mais para isso, foi neste concerto que dei mais largas ao sentimento e mais me deixei ir com a música. Não me importou muito que o som não estivesse óptimo em algumas partes no início, que a voz por vezes não se ouvisse ou que falhasse uma guitarra. Estou longe de venerar a banda e não me ensaio muito para dizer que o Dani Filth é o membro destoante ali no meio, porque pessoalmente todos os outros são umas simpatias de pessoas. No entanto, tudo isso à parte, adorei poder ver aquelas músicas novamente que apesar das imperfeições técnicas, conseguiram transportar-me para o universo Filth'iano, tal como acontece sempre que os vejo ao vivo.

O público ia respondendo com podia, tendo em conta o cansaço. Ainda se chegou a ouvir "Crá-del! Crá-del!" em coro. O alinhamento foi um apanhado dos melhores temas da carreira, o que é sempre bom. Clássicos como "Dusk and her Embrace", "Cruelty Brought Thee Orchids", "The Principle of Evil Made Flesh" ou "Her Ghost in the Fog" satisfizeram os fãs mais antigos, enquanto que "Nymphetamine", "Gilded Cunt", "Under Huntress Moon" e "Dirge Inferno" contentaram os mais recentes. A coisa apenas começou a correr mal quando após estes temas tocaram a "From the Cradle to Enslave". Não que seja uma má música (pelo contrário!) ou que tenha saído mal tecnicamente... mas é que é sempre com essa que encerram os concertos. E assim foi. Cabeças de cartaz que após exactamente uma hora pousam os instrumentos e voltam costas ao público sem uma única palavra, não era certamente aquilo de que estávamos à espera. Seria do adiantado da hora (afinal já eram 5 da manhã)? Seria dos atrasos aos quais os submeteram? Seria porque o público estava completamente exausto e não respondeu da maneira que pretendiam? Não sei.

Só sei que do sítio onde eu estava pude ver a banda dirigir-se ao backstage sem grandes conversas entre si. O facto de já terem tocado aquela música fazia-me crer que não iria haver encore nenhum, e qualquer dúvida que me restasse lá no fundo se desfez quando os técnicos subiram ao palco para começar a desmontar a parafernália. O público, esse, continuava no mesmo sítio, ainda esperançoso de os ver voltar. Quando a musica das colunas começou a ouvir-se houve um grande coro de assobios, e aí eu soube que estava na hora de abalar, antes que houvesse chatice da grossa.

Pessoalmente, e talvez estranhamente, não senti grande indignação com esta atitude dos Cradle. Aos anos que já os acompanho, sei perfeitamente que o Dani é um gajo de humores, pelo que quando se vai ver um espectáculo da banda se deve estar preparado para tudo. A sua prestação em Vilar de Mouros em 2006, por exemplo, foi a mais bem-disposta que já vi, contrariando aquilo que é costume... Também já os vi completamente carrancudos, e já os vi mais teatrais. Há sempre algo de novo num concerto de CoF, e eu já vou com essa preparação feita. Mas entendo perfeitamente quem não conte com isso e se sinta frustrado quando vê terminar assim um concerto à sua frente.

O certo é que pelo que me dizia respeito, este sábado já tinha sido um dia muito bem passado e não seria certamente este incidente a manchar a minha experiência no AlternaVigo. Arriscaria dizer que se se tivesse passado na minha terra tê-lo-ia sentido mais na pele... mas como não o juro, não arrisco. :-P

E ainda mais certo é que este logotipo fica desde já associado a 'qualidade'. Eles que repitam a dose no ano que vem, e eu lá estarei a engrossar a presença lusitana, e a divertir-me ouvindo os galegos a pronunciar os nomes das bandas. Ainda que isso signifique que, mais uma vez, tenho fazer quilómetros e ir além-fronteiras, para ir de encontro a uma oferta de qualidade e mais barata e práctica do que a que Portugal tem para me oferecer... Será que as condições culturais se estão agora a equiparar às condições laborais? Fica a questão.

http://www.alternavigo.com/


\m/

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Anonymous Anónimo: xelente review do festival foi isto sem tirar nem por.

so n posso falar dos cof pq nessa altura tava ca fora a convi(beb)er, mas exodus e overkill foram brutais

gamma ray tb foi mto bom, deixou-me descansar ca fora e recuperar energias pr overkill. primal fear... ná, obrigado mas n. 19/08/08, 11:00  

Blogger Talionis: Este comentário foi removido pelo autor. 19/08/08, 11:10  

Blogger Talionis: Numa nota à parte, a organização do Alliance veio usar o AlternaVigo como exemplo de que "atrasos há sempre", dizendo que este se atrasou três horas.

Bem, a diferença é que em Vigo não deixaram os fans que pagaram ao sol durante três horas sem dar justificações, o atraso foi sendo progressivo com as mudanças de palco e as esperas não foram demoradas demais, e sobretudo... as bandas tocaram concertos, e não showcases.

E foram 2 horas, não 3.

E foram 9 bandas a tocar, não 4.

E foram €20, não €30 (dá um custo de €2,20 por banda no Alterna, contra €7,50 no alliance).

A Prime Artists devia era ganhar vergonha na cara, antes de comparar a vergonha que foi o alliance a um festival feito com pés e cabeça como foi o AlternaVigo - com as falhas que teve, porque também não foi perfeito. 19/08/08, 11:11  

Blogger Lex: Confesso que depois de os ter visto organizar o Marés Negras no ano passado, desiludi-me muito com a atitude da Prime Artists em relação ao fracasso do Alliance... Mais do que com o próprio fracasso em si, devo dizer.

Vamos ver como a coisa corre para o ano ( ou não...). 22/08/08, 00:10  

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