You Will Think I'm Insane
publicado por Higuita

Há várias questões que estão fechadas numa caixa de pandora, sem resposta alguma! E digo isto, não porque essas questões são segredo nacional ou algo assim... São tão enigmáticas devido à sua relatividade. Relatividade tirana, digasse de passagem. Porque apesar da nossa certeza plena, em relação à nossa opinião, há sempre uma “erva daninha” que discorda da nossa opinião.

Mas afinal de contas, estou-me a referir a que? À música logicamente. Logicamente não, já que música é um tópico muito vasto. Refiro-me a uma questão que me assola, e que se encontra na metafísica das respostas. Qual a melhor geração de música? Os prósperos anos 80 ou os pioneiros anos 60? A popularidade do século XXI, ou a qualidade dos 90?

Apesar de todos os argumentos óbvios e relevantes lançados, há algo mais que lógico a ser racionado. Refiro-me àquilo que todo a gente sabe mas nunca admite. A nossa geração é mil e uma vezes melhor que a geração actual, ou passada. É de facto um dogma, que apesar de tentar ser explicado com argumentos óbvios, é inexplicavél. A nossa geração pode ser uma miséria imensa, a música pode ser simples e popular, que nunca vamos dizer uma única palavra insultuosa dessa geração, pelo simples facto de ser “nossa”. Para não falar que as coisas más que nós vemos noutras gerações, são irrelevanes para as pessoas que presencearam essa época. Por isso, a vivência é de facto importante.

E vivência, neste caso, é sentir a música. Só quem sentiu no determinado período de tempo, só quem viveu o climax da banda, é que é capaz de SER uma fã de alma e CORAÇÃO. Porque só se é fã de coração, se o coração sentiu as vivências da banda no momento exacto. Por isso, isto só é mais um argumento para afirmar que as pessoas dizem que a sua geração foi a melhor de todos os tempos, na medida em que ninguém para além daqueles que viveram a situação são os verdadeiras fãs, logo não poderão afirmar que a melhor geração é uma sem ser aquela que se vivenciou. E sim, o facto de uma pessoa viver durante várias gerações não implica que as pessoas escolham todas as gerações que presencearam, já que só uma fase na vida de uma pessoa é capaz de sentir verdadeiramente a música. A adolescência e o início da vida adulta. É daí que as memórias trazem sorrisos, e a música ajuda.

Então, poderei eu concluir que o Bob Dylan é melhor que o Tony Carreira, por isto e por aquilo? Logicamente que não. Porque como disse Não são qualidades que se realçam, não são características lógicas. São gostos, é a relatividade. Mas essa, neste caso, resumesse à vivência de cada um. Por isso ninguém bate os anos 90, início do novo milénio.



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Anonymous Anónimo: hoje nao ha "and metal for all..."? 29/08/08, 22:08  

Anonymous Anónimo: excelente texto... ha muito que digo que tens imenso talento rapaz! (5 estrelas) 30/08/08, 00:10  

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